Como estudar antes da publicação do edital? Nós temos dicas valiosas para te ajudar.

Como estudar antes da publicação do edital? Nós temos dicas valiosas para te ajudar.

Postado em 27/01/2022

No sentido figurado, limbo é algo esquecido, negligenciado ou indefinido. Para nós, concurseiros, poderia ser o tempo que passamos à espera de um edital. E é durante esse “limbo” que costumamos pisar no freio e acabamos ficando desmotivados, deixando o estudo de lado. No entanto, é preciso compreender que quanto antes iniciarmos mais chances teremos de conseguir a vaga dos nossos sonhos. Isso porque o conteúdo programático a ser estudado costuma ser bastante extenso (e vem aumentando cada vez mais). Dessa forma, ficar aguardando um edital para começar não faz parte da estratégia de quem realmente quer ser aprovado, não é verdade?

Thereza Montenegro é servidora pública e faz mentoria para concurseiros que querem planejar os estudos de forma estratégica. Para ela, estudar com antecedência possibilita que o candidato se familiarize com o conteúdo e faça ajustes com mais tranquilidade após a publicação do edital. “Ás vezes, a gente fica sem norte quando não há edital. Mas essa sensação de ‘estudo solto’ é uma ilusão, viu? Pense que o tempo entre a data da publicação do edital e a data da prova é, geralmente, curto (and looouco), por isso é bom aproveitar esse tempo pré-edital para massificar o conteúdo e sair na frente”, afirma.

Ok, você já sabe que é preciso estudar mesmo sem edital publicado. Agora, a dúvida é: como eu posso otimizar meus estudos sem ter um edital para me guiar? A seguir, elencamos algumas dicas para você jogar a preguiça para o alto e iniciar o seu projeto #ConcursadoRindoDeTudoEmParisNasPróximasFérias (pode trocar Paris por Maldivas ou por Balneário Camboriú também rsrs). Vamos lá?

1. Veja o edital anterior

Antes de começar a estudar qualquer conteúdo, deve-se estudar o edital anterior. Mesmo sabendo que o novo certame costuma ser diferente do antigo (principalmente quando já se passaram muitos anos do último), este documento vai conseguir dar um rumo aos seus estudos. Verifique o conteúdo programático – assunto por assunto – e, se possível, faça uma planilha (ou edital vertical). A partir daí, comece estudando as matérias básicas, que geralmente caem na maioria dos concursos: Português, Informática e Raciocínio Lógico, por exemplo. Veja também algumas disciplinas que são específicas para a área que você estuda (Direitos Penal e Constitucional sempre estão presentes nas carreiras policias; Direito Previdenciário é algo certo para o INSS; Direito Administrativo e Direito Civil são assuntos corriqueiros nas provas de tribunais; legislação do SUS é fundamental para quem estuda para a área da Saúde… E assim por diante).

2. Monte um cronograma de estudos

Montou seu edital vertical com todos os prováveis assuntos da prova? O segundo passo é fazer seu cronograma de estudos. “Ain, como é que eu faço isso?”. Não existe uma receita pronta, pois vai depender muito do tempo de cada um. Mas basicamente você pode fazer um panejamento mensal, quinzenal ou semanal. É necessário ser realista quanto a sua disponibilidade. Exemplo: se você só consegue separar duas horas do seu dia, encaixe seus estudos nesse tempo. E cuidado para não fazer nada aleatório, ou seja, saiba exatamente o que vai estudar em cada dia. Tudo isso para evitar que você sente na cadeira e perca 30 minutos do seu precioso tempo pensando e pesquisando por onde começar.

3. Estude as matérias que provavelmente estarão no edital

Como já foi enfatizado, comece estudando as disciplinas mais prováveis de estarem em sua prova. Na maioria dos concursos, matérias como Português, Informática, Raciocínio Lógico, Direito Constitucional e Direito Administrativo são certas. Porém, vá mais fundo e verifique quais assuntos costumam cair com mais frequência no seu concurso.

O uso da crase, colocação pronominal e regência, além de interpretação de textos, são temas quase certos nas provas de Português.

Se você não sabe o que é SO CI DI VA PLU, comece a estudar a Constituição com urgência, pois ela é a base de todos os outros direitos, hein? O artigo 5º, que trata dos direitos individuais e coletivos, além de ser extenso costuma marcar presença na maioria dos concursos que cobram Direito Constitucional.

Organização da Administração Pública, Responsabilidade Civil do Estado e a temível Lei das Licitações provavelmente estarão na sua prova, na parte de Direito Administrativo.

Decore a Tabela-Verdade e as fórmulas dos arranjos e combinações caso o seu certame cobre Raciocínio Lógico.

Quanto à Informática, é preciso avaliar qual sistema operacional os editais para os quais você pretende estudar costumam cobrar: Windows, Linux ou ambos? Fora isso, é fundamental aprender assuntos tais como Rede de Computadores e Segurança da Informação.

4. Faça questões de provas anteriores

Estudar sem fazer questões é como fazer uma receita de bolo e não colocar todos os ingredientes: acaba não dando certo. A verdade é dura, mas tem que ser dita, caros concurseiros. De nada adianta estudar todo o conteúdo, revisar e não fazer questões, pois é com elas que você vai poder avaliar seu desempenho e fazer ajustes no aprendizado.

Além disso, é importante fazer exercícios da banca (ou da provável banca que aplicará a sua prova). Fazendo isso, você terá um direcionamento e saberá como os assuntos costumam ser abordados.

Existem vários sites e aplicativos de resolução de questões, tanto pagos como gratuitos. Uma ideia também é tentar fazer flashcards de memorização (tem sites que te ajudam a fazer o seu próprio flashcard).

Portanto, não negligencie essa etapa dos estudos, hein?

5. A cereja do bolo: faça revisões periódicas

Vamos supor que você estudou um assunto e colocou no fundo de um arquivo. E aí você foi estudando várias outras coisas e colocando no mesmo gaveteiro de arquivo, uma pasta após a outra. Depois de 30 dias estudando e arquivando pastas, caso eu te pergunte detalhes sobre aquele primeiro arquivo que você guardou, certamente terá dificuldade para responder, pois não lembrará de tudo. Agora imagine que esse arquivo seja a sua mente. Pois é, o nosso cérebro é capaz de armazenar milhares de informações, mas se você deixá-las guardadas lá no fundo do “gaveteiro”, elas cairão no esquecimento. E é justamente isso o que acontece quando você estuda, mas não revisa.

A revisão é uma etapa fundamental do estudo para concurso público, principalmente quando ainda não há edital aberto. Portanto, use o tempo do “limbo” a seu favor e faça revisões periódicas. Elas podem, ou melhor, devem ser rápidas (não precisa ser o mesmo tempo gasto com o estudo) e devem ser feitas em ciclos (exemplo: 24 horas/ 7 dias/ 15 dias/ um mês).

Vai começar hoje ou deixar para depois?

Agora que você pegou todas essas dicas, já pode sentar nessa sua cadeira, abrir o caderno, baixar os PDFs e as videoaulas do IAP On-line e começar (sem desculpas).

“Aproveite esse tempo para criar uma rotina de estudos, descobrir as matérias com as quais você tem mais afinidade ou dificuldade. Dessa forma, é possível fazer adaptações conscientes até a prova”, sugere Thereza Montenegro.

Na próxima semana, iremos te ajudar a montar um edital vertical e um cronograma de estudos. Acompanhe o nosso Blog e saia na frente da concorrência!


Por: Camila Rodrigues

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