O que é o Agosto Lilás e por quê é tão importante?

O que é o Agosto Lilás e por quê é tão importante?

Postado em 11/08/2021

A Câmara dos Deputados resolveu criar a campanha Agosto Lilás para comemorar e apoiar a Lei Maria da Pena, que combate e os casos de violência doméstica e familiar contra mulheres. 

Não basta apenas comentar sobre como apoiamos, é preciso também nos posicionarmos para engajar a informação. 

Você sabe o real cenário de violência doméstica contra a mulher?

Segundo a pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no último ano, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos diz ter sofrido algum tipo de violência ou agressão, no Brasil. 

A proporção corresponde a 17 milhões de mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual.

As negras e mais jovens são proporcionalmente as maiores vítimas.
Mais de uma em cada três mulheres, entre 16 e 24 anos, relata ter vivido algum tipo de violência. Entre as mulheres pretas mais de 28% delas disseram que sofreram agressões. 


Você sabe a origem da Lei Maria da Penha?

O nome da lei homenageia Maria da Penha, que sofreu tentativa de feminicídio em 1983, ficando paraplégica. Até 1998, o agressor de Maria da Penha continuava em liberdade, e o caso ganhou repercussão internacional e foi denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Em 2001, a OEA responsabilizou o Estado brasileiro por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica praticada contra as mulheres brasileiras.

A OEA recomendou não apenas que o Brasil desse seguimento à devida punição do agressor de Maria da Penha, como prosseguisse com uma reforma que evitasse a tolerância estatal nesses casos.

Diante da falta de medidas legais e ações efetivas, em 2002 foi formado um consórcio de organizações não governamentais (ONGs) feministas que elaborou a primeira versão de uma lei de combate à violência doméstica contra a mulher. Em 2006, após muita discussão na Câmara e no Senado, a lei foi aprovada pelos parlamentares.

Apesar de tudo isso, ainda tem muito trabalho a ser feito. 
Além de termos leis que cubram esse tipo de situação, precisamos de profissionais comprometidas com a causa, que estejam dispostos a fazer a coisa certa. 
 

A campanha vai contar com uma ampla programação transmitida pelo canal no YouTube da Secretaria da Mulher e pelo portal e-Democracia

Você pode acessar a programação aqui.

Atualmente, no Brasil existem apenas 381 delegacias especializadas – nem todas para atendimento à mulher – e apenas 139 varas especializadas no Poder Judiciário. 

Para reverter esse cenário, está em discussão na Câmara o projeto de lei 501/19, da deputada Leandre (PV-PR), que obriga os estados a criarem, em suas microrregiões, Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher no prazo de cinco anos.

“A especialização deste tipo de delegacia serve para criar não apenas um ambiente mais amigável ao acolhimento das denúncias, com a presença, por exemplo, de delegadas do sexo feminino, mas também para empreender ações mais efetivas de combate à violência contra a mulher”, justificou a deputada. 



Segundo a autora da proposta, as delegacias especializadas estão em sua maioria sediadas em grandes centros urbanos e capitais, deixando “desassistidas as regiões no interior dos estados, onde também existem centenas de mulheres que precisam de proteção”.

Se ao ler esse texto você ficou com essa vontade, saiba que temos um curso base de carreira policial, onde você pode entender melhor como ajudar e qual é o seu papel nessa luta.

Vamos ajudar espalhando informação de qualidade a mais mulheres, pois nunca sabemos quem precisa de ajuda. 

Se você, mulher, passou ou passa por algum tipo de violência doméstica, ligue para a Central de Atendimento à Mulher, no número 180, em todo o Brasil. 

Você não está sozinha! O Mapa de Acolhimento é uma organização que conecta mulheres vítimas de violência sexual e psicológica que precisam de ajuda e apoio, com psicólogas e advogadas especializadas na função




A IAP está aqui para te ajudar! 
Vamos juntas!

Abraços.


*Com informações da Agência Câmara

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